NÃO EXISTE CURA

NÃO EXISTE CURA

NÃO EXISTE CURA
 
Não existe cura
para a loucura poética
triste fato…
 
Não existe cura
para o Amor de alma antiga
a paixão não entra na briga
 
Não existe cura
Para o sonhador desmedido,
e são eles que fazem a diferença
 
Não existe cura
para a verdade
independente da crença
 
Não existe cura
para o que não é doença!
Não existe cura
para o Abraço certo
Isso é bem certo!
 
Não existe cura
Para o Amor como um todo!
O do mãe, de dois, de três
 
O de poeta é três vezes três
E quão raro vive intensamente,
Mesmo na mente
 
De quem não sabe mentir,
Não existe cura
que segura a mão assim,
 
Que te leva a um jardim
Em meio a cidade do caos,
Amor perdura, não cura
 
Enlouquece!
 
(Anderson Delano Ribeiro)
TEMPO DAS FLORES

TEMPO DAS FLORES

TEMPO DAS FLORES
 
Talvez eu pare de correr
Minhas pernas doem!
Afinal para que correr?
Não levo jeito para atletismo
 
Prefiro caminhar pelo jardim
Begoniar a Beladona
Ao fundo acena açucena!
E da íris na lembrança amarílis
 
Sorriem para mim!
Estou velho e os riscos do papel
São rascunhos de um cordel
 
Um Poema Adelfa em gratidão,
Meus floreios de sentir pequena mão,
A tempo do tempo do alecrim.
 
(Anderson Delano Ribeiro)
 
PASSARIM

PASSARIM

PASSARIM
 
Passarim, me olha leve e corajoso,
um ninho singelo mas amoroso,
se engana quem acha que é a caixa,
seu ninho é toda a praça.
 
(Anderson Delano Ribeiro)
AFEIÇÃO

AFEIÇÃO

AFEIÇÃO
 
Porte Afeto…
Se importe,
Longe ou perto,
 
Se coberto?
Descubra!
Na chuva,
 
Na Verdade,
Sem vaidade!
Apenas sinta!
 
Não minta…
Pressinta!
Sem pressionar,
 
Pronto para Voar.
 
(Anderson Delano Ribeiro)
FELICIDADE

FELICIDADE

FELICIDADE
 
 
Feliz cidade
de Aço e Flor
de Volta e cor
Redonda mandala
 
Felicidade
Terraço e voo
Me sopra e vou
feito onda encontrá-la
 
(Anderson Delano Ribeiro)
TALVEZ EU MORRA

TALVEZ EU MORRA

TALVEZ EU MORRA
 
Talvez eu morra, disse ele!
Mesmo assim, não corra!
O tempo é incerto…
Curta o incenso
 
Murchas flores na espera
De muitas fostes a eterna,
E adeus é tempo demais!
 
Terno e gravata não se desfaz
Terno abraço nos faz imortais
Mas não corra! Ainda que morra
… De AMOR…
 
(Anderson Delano Ribeiro)
 
 
INVISÍVEL

INVISÍVEL

INVISÍVEL
 
Enxergar beleza no invisível,
posto que as vezes também o sou
Leva tempo para percebermos
que o mais importante está no invisível
 
O ar é indispensável
Os afetos são indispensáveis
Posto que ainda na ausência
Em mim guardo teus detalhes
 
Talvez esse seja o dom do poeta
Enxergar o invisível…
Ver amor na única flor do jardim
Ver história onde para alguns é o fim
 
O invisível é o céu por trás
das luzes da cidade
É a loucura desmedida e sem idade
Como vê é comover-se com o outro
 
Posto o outro também sou eu,
Sem classe, sem cor, transparente!
Por vezes, tanta verdade no amor
Também soou invisível…
 
(Anderson Delano Ribeiro)
SONETO LIVRE

SONETO LIVRE

SONETO LIVRE
 
Será que um dia a noite bate
E mesmo que seja tarde
Percebas a poesia renegada?
A flor e verso que deixei na estrada,
 
Será que haverá tempo?
Será que haverá vida em mim?
Não a necessidade de percebimento,
Apenas o breve momento
 
De uma menina assustada
Que desperta numa noite enluarada
E se esquece que podes voar!
 
Como o canto do poeta sabiá
Que tanto ecoou, que decorou
As paredes do teu Lar…
 
(Anderson Delano Ribeiro)
 
A NOITE QUE SOU

A NOITE QUE SOU

A NOITE QUE SOU
 
Sou como a noite…
Silencioso, Lúgubre,
Barulhento por dentro,
Lascivo em luxuria…
 
Sou como os olhos da Lua,
Sou como negro manto céu,
Afável ao sono…
Desimportante para quem importa.
 
Sou como a noite no campo,
Melancolia entre mar e cais,
Sou como a noite na cidade
Repleto de estilhaços de vaidades
 
Sou a ponte irreparável
que corres sem saber porque,
Sou o sonho que não vem
Porque sabes que já o tem.
 
Sou como o catador de latinhas sem cão,
o filtro dos sonhos em teu quarto são,
(Sou) Recicla dor de migalhas recebidas em papel
Ardo como sol noturno invisível ao céu.
 
(Anderson Delano Ribeiro)

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