SABIA O SÁBIO SABIÁ
 
Sabia o sábio sabiá
Ao léu a assobiar Gardel,
Valia samango quiçá,
Ao pé, um tango que só!
 
Bem dizia o bem-te-vi,
Houve um canto em que vivi,
Bem queria um bem querer,
Ouvia um canto sem ter…
 
Ao casco do corcel
Eu tasco a melodia,
Presto, andante, meu cordel!
 
Presto a Dante a euforia,
Presta um soneto infiel?
O sábio sabiá sabia!
 
(Anderson Delano Ribeiro – 2006)