FIGO
Funesta flora inflamada,
Sepulcro de Elisabethiella,
A Vespa vestida de pólen
Dentre as vestias folhas do paraíso,
Seu jardim, seu mausoléu,
Num chiste viraria alimento?
Sagrada dança em poema poente,
Repousa em sicônio templo.
Intumescido seio púrpura — Ficus!
Fruto florido,
Bendito da morte,
O sabor doce da vida.
(Anderson Delano Ribeiro)