MORDAÇA

MORDAÇA

MORDAÇA
 
 
Amor dá sado
Silenciado
Sem poder falar
Sem querer ouvir
 
Torturado
Do outro lado
Sem querer pensar,
Nem para onde ir?
 
Sinto-me em sintoma
Sintonia fina
Desconstrói a rima
 
Amordaçada a boca
Os olhos vendados
Vendidos a normalidade louca.
 
(Anderson Delano Ribeiro)
SUICÍDIO

SUICÍDIO

SUICÍDIO
 
Sobrevivente
Sobre mim
Sobre nós
Sobremesa
Sobram tristezas
Sobressalentes
Sobre quem sente
Sobre quem vive
Sobre morrer
Sob o céu esvanecer
Sobre querer
Sobre entender
Sobre viventes
Sob a semente
Sobressair
Sobre ficar
Sobreviver
 
(Anderson Delano Ribeiro)
HÁ MEU VERSÁRIO

HÁ MEU VERSÁRIO

HÁ MEU VERSÁRIO
 
 
Habita em mim uma pressa oca
Vazia de sentidos, sem saber onde chegar,
Ventura não fosse o verso
Em meu ser perverso
 
Já teria chegado ao fim da última linha
Adorno o vazio com flores
Quão poço que posso beber poesia
Nas profundezas de mim… É o fim?
 
O fim ou recomeço? Reconheço,
De pressão o feijão quase ao dente
A mesa está posta à espera da festa
Se tem broto me resta
 
A Réstia Lua em céu de serra,
Abraço o corpo intangível
Em véspera de Natal, e a Vésper
Lisa e áspera luzir-me ao meu sinal.
 
Fina sina finalmente ilumina
O enredo do meu Carnaval.
 
(Anderson Delano Ribeiro)
 
NÃO EXISTE CURA

NÃO EXISTE CURA

NÃO EXISTE CURA
 
Não existe cura
para a loucura poética
triste fato…
 
Não existe cura
para o Amor de alma antiga
a paixão não entra na briga
 
Não existe cura
Para o sonhador desmedido,
e são eles que fazem a diferença
 
Não existe cura
para a verdade
independente da crença
 
Não existe cura
para o que não é doença!
Não existe cura
para o Abraço certo
Isso é bem certo!
 
Não existe cura
Para o Amor como um todo!
O do mãe, de dois, de três
 
O de poeta é três vezes três
E quão raro vive intensamente,
Mesmo na mente
 
De quem não sabe mentir,
Não existe cura
que segura a mão assim,
 
Que te leva a um jardim
Em meio a cidade do caos,
Amor perdura, não cura
 
Enlouquece!
 
(Anderson Delano Ribeiro)
TEMPO DAS FLORES

TEMPO DAS FLORES

TEMPO DAS FLORES
 
Talvez eu pare de correr
Minhas pernas doem!
Afinal para que correr?
Não levo jeito para atletismo
 
Prefiro caminhar pelo jardim
Begoniar a Beladona
Ao fundo acena açucena!
E da íris na lembrança amarílis
 
Sorriem para mim!
Estou velho e os riscos do papel
São rascunhos de um cordel
 
Um Poema Adelfa em gratidão,
Meus floreios de sentir pequena mão,
A tempo do tempo do alecrim.
 
(Anderson Delano Ribeiro)
 
PASSARIM

PASSARIM

PASSARIM
 
Passarim, me olha leve e corajoso,
um ninho singelo mas amoroso,
se engana quem acha que é a caixa,
seu ninho é toda a praça.
 
(Anderson Delano Ribeiro)
AFEIÇÃO

AFEIÇÃO

AFEIÇÃO
 
Porte Afeto…
Se importe,
Longe ou perto,
 
Se coberto?
Descubra!
Na chuva,
 
Na Verdade,
Sem vaidade!
Apenas sinta!
 
Não minta…
Pressinta!
Sem pressionar,
 
Pronto para Voar.
 
(Anderson Delano Ribeiro)
FELICIDADE

FELICIDADE

FELICIDADE
 
 
Feliz cidade
de Aço e Flor
de Volta e cor
Redonda mandala
 
Felicidade
Terraço e voo
Me sopra e vou
feito onda encontrá-la
 
(Anderson Delano Ribeiro)
TALVEZ EU MORRA

TALVEZ EU MORRA

TALVEZ EU MORRA
 
Talvez eu morra, disse ele!
Mesmo assim, não corra!
O tempo é incerto…
Curta o incenso
 
Murchas flores na espera
De muitas fostes a eterna,
E adeus é tempo demais!
 
Terno e gravata não se desfaz
Terno abraço nos faz imortais
Mas não corra! Ainda que morra
… De AMOR…
 
(Anderson Delano Ribeiro)
 
 

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