ZÉJEL N°05 (LUCINA)

ZÉJEL N°05 (LUCINA)

ZÉJEL N°05 (LUCINA)   Sou a amante de Macário, O anjo lascivo de negro sudário, Com o seio desnudo, um tecido macaio; O corpo fremente,   E a carne bem quente, Minh’alma cativa, lugente, Um desejo em meu peito latente; Em meus lábios o sabor de menina;...
ZÉJEL N°3 (A VIRGEM DA NOITE)

ZÉJEL N°3 (A VIRGEM DA NOITE)

ZÉJEL N°3 (A VIRGEM DA NOITE)   Vens nos meus sonhos com teu alvo sudário sem cor, Tens o dom dos anjos, balsamo empírico de flor, Vens à noite rósea clara, d’esperança que eu morra de amor, Faz do céu tua morada e das estrelas tua escada;   Desces a mim, e...
ZÉJEL N°10 (PÁSSARO MULHER)

ZÉJEL N°10 (PÁSSARO MULHER)

ZÉJEL N°10 (PÁSSARO MULHER)   Pássaro mulher, suas véstias de linho, Boca cândida, doce fruto, ardente vinho; Sua espádua é sol dos montes, meu ninho; Amanheces em minh’alma com ternura,   Com a esperança de doce ventura… Em trevas, os pomos transluzem...
QUIMERA

QUIMERA

QUIMERA   Não era a face da aurora Perdida no espaço tempo dos teus olhos   Talvez o reflexo luminoso Da tua alma refrescasse Meus versos vencidos no silêncio   A dor, que tira o sono E adormece os feridos No último suspiro… O silêncio!   Ainda suspeito das...
DA MORTE

DA MORTE

DA MORTE   Da morte o beijo suave Um sopro sereno Um canto sussurrado   Da paz que transgride os ossos O perfume das rosas A festa dos vermes   A terra que se alimenta A vida que brota Do solo que sou   (Anderson Delano Ribeiro)     (Foto de Mikhail Nilov no...
SONETO DA PRINCESA DO AÇOITE

SONETO DA PRINCESA DO AÇOITE

SONETO DA PRINCESA DO AÇOITE   Eu viajo por entre as brumas, E canto por entre as urnas; Sou a observadora da noite, A princesa de todos os açoites.   Eu vago, sou a erradia noturna, A vadia dos meus artistas; Faço meus templos em suas tumbas; Amo, todos os tostes a...