VINTE E UM
De noite
No céu chovia,
O Choro
De quem sofria,
O luto
Da pandemia,
Na noite
Que enlanguescia,
O fruto
Da agonia,
O vulto
Da nostalgia,
Voltar,
Já não poderia,
Rezar?
Não confortaria!
A noite
É a companhia,
Oculto
Essa dor tardia,
Cantando
Vã melodia
Num sopro
De alegria,
Despeço,
E o silêncio
entoa!
Os passos
de uma Pessoa,
Que busca
quem foi um dia.
(Anderson Delano Ribeiro)