VIDA

 

Que seja um verso,
poemar fundo e rimar contra o tempo,
cada segundo é solilóquio,
cada esquina um soneto,

Cada agrura um terremoto,
Cada nota denota o medo,
Que seja inverso
reverso nosso frio na barriga,

O sorriso da conquista
de nascer caudalosa estrela
cadente, cadenciados somos

Ritmo, som, fluidos, ruídos,
corridos, vividos, sentidos!
Eleitos para nossa elegia.

(Anderson Delano Ribeiro)