VÃO OS MEUS DIAS
Vão-se os dias,
Vão-se as horas,
Tão tardias
Noite afora
Vão-se os sonhos
Vão e vem,
Vão risonhos
Ao meu bem;
Vão-se em vãos
Vão-se em becos,
Deixam em mãos
Um leito seco.
E a morte etérea?
É passageira,
Não está séria
É a herdeira!
Vão-se os cantos
Ficam os campos,
Um perfume,
O santo hume;
Vão-se as asas
Vai-se a aurora
Luzem as casas
Certa hora;
Noite afora
Tão tardia,
Chega a hora
Triste dia!
(Anderson Delano Ribeiro – 2005)
#JusSanguinis