SECARÁ
 
Vai secar, minha mãe já dizia…
Secará o pranto, sem acalanto,
Secará, secará o peito,
Expurgo ao leito,
 
Deixará migalhas afetuosas
para um dia voltar, se houver lugar!
Ah secará, a roupa na corda,
 
O pé rente a borda,
prestes a saltar!
Se encarar, o medo absurdo,
a fome e o luto,
 
Transbordo a lutar,
Secará, a voz embargada,
Despida e chegada,
A Loucura de Amar.
 
(Anderson Delano Ribeiro – 2016)