AREIAS NEGRAS

Quão Bella trilha,
Tênue sinfonia
entre mar e ilha,
Eia, louca sintonia…

Desenterra este âmago
do baú das agruras,
O tesouro amargo
desabrocha

feito aráceas em flor,
Das lacrimais ondas
flutuam ritmadas águas-vivas
garças riscam céu e mar,

quão unhas outrora
cravadas no peito,
Lauda e verso ao ar,
Egresso desta vida,

percebo,
A mádida magia,
tácita brisa fria,
Réquiem a própria melodia.

(Anderson Delano Ribeiro – 2007)

 

(Foto de Nothing Ahead no Pexels)