SONETO DA PRINCESA DO AÇOITE
 
Eu viajo por entre as brumas,
E canto por entre as urnas;
Sou a observadora da noite,
A princesa de todos os açoites.
 
Eu vago, sou a erradia noturna,
A vadia dos meus artistas;
Faço meus templos em suas tumbas;
Amo, todos os tostes a minha vista.
 
Sobrevoo todos os sonhos,
Possuindo-os tão risonhos.
Eu sorrio aos escolhidos,
 
Trago-lhes meu afago,
Dou magia ao pobre mago;
E encaminho os tão sofridos.
 
(Anderson Delano Ribeiro – 2005)
 
 
(Foto de Becerra Govea no Pexels)