CORAIS ENTARDECIDOS
Sonhei que era um pássaro,
E toda a liberdade cabia
em pensamento,
Sonhei que sois medo,
E todas as minhas lágrimas
pungiram-se em vazio…
De um tépido casulo
brotou uma borboleta,
Sois asas desde sonho,
Corais entardecidos
semeando incertezas…
Segura a seda leve,
transpassa a histeria;
Sonhei inspirar fundo,
e todo o universo
cabia dentro de mim;
Assim, liquida e vaporosa,
expirava às sete léguas,
a imensidão era pequena,
e as galáxias, acolhia
em minhas mãos serenizadas;
No meu sonho, as Estrelas
eram um pólen misterioso,
Vagaroso era o Sol,
translúcido, a lúcidez
dos meus olhos…
Um oceano iluminado
por flores relampejantes!
Eram Anjos? Eram fadas?
Não… Eram as lágrimas de Deus!
Marejantes…
(Anderson Delano Ribeiro – 2005)
#LaudasAlaudadas