QUIMERA
 
Não era a face da aurora
Perdida no espaço tempo
dos teus olhos
 
Talvez o reflexo luminoso
Da tua alma refrescasse
Meus versos vencidos no silêncio
 
A dor, que tira o sono
E adormece os feridos
No último suspiro… O silêncio!
 
Ainda suspeito das memórias vãs
Que de infante cria na esperança
De novos dias afetuosos
 
Que inda tormenta o vazio da noite
Não, não era a face da aurora
Perdida no espaço tempo…
 
Era um sorriso desesperado ante ao fim!
Era como um sonho desperto!
Que sonho seria despertar… No fim!
 
Aí de mim! Ai de mim!
Que está cura amargurada
Vesana arraigada… chegue enfim!
 
(Anderson Delano Ribeiro)
 
 
(Foto de Matheus Bertelli no Pexels)