RI DE TI PIERROT
I
Ri de ti pierrot contrito, o atrito que permeia tua face
com silêncio da rosa é totalmente merecido,
ri de ti pelas sépalas segregadas…
II
Ri de ti pela mácula de Macário,
em penumbra de uma poética mascarada de alegria,
sorria! Ante teu sepulcro de amores vãos…
III
Vão-se dias e a noite é tua essência meu amigo,
tua tez pálida, traz cálida lágrima negra,
Rubro néctar da vida… Ri de ti pierrot…
IV
Posto que a lua é a luz do picadeiro,
e à aurora o circo dos risos recomeçará.
(Anderson Delano Ribeiro)