DESPIDO
Desejos de paz em meio a dor
Da alma a chuva chora lá fora
Todo o pranto que guardei na mala
A dor que toma o quarto e a sala
Não me cala o poema… Despido
A despedir-se da vida vazia de afetos
Nas curvas do corpo o peito reto…
A sentença da festa do que não será…
Mais um ano, menos um ano…
Sem motivos aparentes pra seguir
Onde está tudo quebrado demais
Pra reconstituir… Encaixote-me
Sonhos, versos, corpo, meninice e dor…
Amanhã do peito há de lembrar
As histórias de um eterno amor.
(Anderson Delano Ribeiro)