DEPOIS DO VERSO
Depois do verso
o perverso me vem,
O que vem depois?
De um deposito de mim,
Assim, inda cru no mundo,
O que vem depois
do feijão com arroz
e do caldo profundo?
Depois do verso, ergo, envergo,
de uma dor moral despido do fim,
Ai de mim! Que meus restos
imorais fecundem-se em ti…
Ai de mim! Que regozijo
de um sopro, de um gozo,
falado, centrado, tépido e algoz
de ferocidade sutil e exausta…
Mas o que vem depois?
(Anderson Delano Ribeiro)
#AlegoriasDeUmaVida