POR OUTRO OUTUBRO COMO O TEU
Enquanto ela dormia,
Sem saber, era ela poesia,
E eu menino ficava perto
Da sua imensidão,
Contava os sinais com a mão,
De toda sua constelação,
Com os braços bem alto,
Ela dormia…
Para alcançar o céu,
De certo eu sabia..
E ela espreguiçada, sorria…
Como quem foge dos finais,
Reticências num bom dia,
Três estrelas, três marias,
Que zelei à madrugada
E ela nunca saberia…
(Anderson Delano Ribeiro)