SONETO LIVRE
 
Será que um dia a noite bate
E mesmo que seja tarde
Percebas a poesia renegada?
A flor e verso que deixei na estrada,
 
Será que haverá tempo?
Será que haverá vida em mim?
Não a necessidade de percebimento,
Apenas o breve momento
 
De uma menina assustada
Que desperta numa noite enluarada
E se esquece que podes voar!
 
Como o canto do poeta sabiá
Que tanto ecoou, que decorou
As paredes do teu Lar…
 
(Anderson Delano Ribeiro)