É perceptível que o homem, como ser social, só torna-se homem em vivência com os seus.
Aprendendo e apreendendo saberes que servirão de constructo para sua formação, seus conceitos e preconceitos. Porém Ser no mundo, é enxergar além das falaciosas brumas da verdade, a verdade pré-estabelecida, dogmática e absoluta. Onde é adornada pelos autos da arrogância, substância de poder, um poder que na verdade é tão inconsistente quanto a própria dita verdade que o suporta.
A consciência e a apreensão do saber dá-se ante ao mundo, sem dicotomia de sujeito e objeto, mas pelo ato, o Ser então passa a constituir-se em Sendo, pois somos mudança, que transforma-se e reafirma-se ante ao próprio mundo. Uma explosão para dentro do mundo, partindo de um nada de mundo, em alusão a Sartre.
Assim, ao despir-se de um subjetivismo onde constam saberes cristalizados que dão uma falsa segurança de mundo. Percebe-se que o não dado faz-se presente sempre, e assim sem segurança, porém liberto a olhar além, em infindos possíveis, de uma realidade a ser experienciada, sentida, seria então esse sentir uma relação direta de derramamento, de consciência ao que está posto, causando em nós reações afetivas, ao sermos afetados pelo ato, seja um ente ou um ser, sem distinção; O amor, o refutar, o comover-se, dá-se somente pelo ato.