SES YEUX
 
Joga Jogral sementes às nuvens!
Há que estás nuvens levar os medos?
Ante aos colibris perdidos em arvoredos,
Cuja a dor é temor, a que as rosas enviúvem!
 
Há que estas nuvens serem mãos
da minha musa perfeita?
A senhora de todas as seitas,
Não! Há de ser um soprar ou não?
 
Deusa devoluta das minhas idéias,
Nona, não oitava, sepulta as velhas!
Me escolhe, se esconde,
Como eu clérigo conde?
 
Em uns sonhos sou favônio,
Docemente, sou um Lord,
Em seu templo faraônico,
Todo seu, tudo pode…
 
Nem incensos, nem incestos!
São insetos rutilantes a colar no céu,
Tantas mirras sobre a Cruz e Sou já
Teu, como o Eco dos restos…
 
Minha Poética semeia fogo, luz e treva!
Anjo algoz vem me leva!
Minerva, enerva a dor da luta à glória,
 
– E me abismo, no Abismo do Olhar!
(Contendo a paixão simplória.)
 
O Amor, semeado voa cadenciado,
Meu sêmen, teu crepúsculo!
Um amanhecimento congênito…
Joga Jogral sementes às nuvens!
 
(Anderson Delano Ribeiro)