ALÍSIOS RASTOS
 
 
O que é isso menina?
Do siso esta sina,
De serpe um tanto
Sedenta ao tango…
 
Eu sigo os rastos…
 
Um casto sopro ao corpo,
Eia o tamis que te cobre,
Seiva fina que me prostra
Eiva-me o pejo…
Oh desejo! Oh desejo!
 
Há vergéis mais belos?
Sem elos de Oberon!
De liras delirantes
E mandoras ferinas;
– Vassalo de menina…
 
Tácita canoridade
À maestria dos gestos,
Alísios fluem dos lábios,
Hábeis, babujantes a bailar
O beijar extremo…
 
A colar das mãos, eu remo!
Enlaçar de pernas, te alar,
Transpassar línguas, mádidos
Sabores à restinga, por retos
E curvos caminhos da idade.
 
Só sigo os rastos…
 
(Anderson Delano Ribeiro – 2006)