A CASA DAS MÁSCARAS
 
 
A casa das máquinas guarda o dínamo infindo da vida;
Move, remove, pulsa a repulsa do Eu íntimo…
E os operários, mascarados numa ópera débil e amiúde,
Beirando um tango samango… Vulgo Cotidiano!
 
Eis a Casa das Máscaras! Segredada por Pandora,
Outrora caixa torácica, bate, bate e rebate…
Cronometrando seu fim… Um Eu extinto enfim!
Azinhavradas, as espadas não luzem mais em verve.
 
Desusas, embainhadas são um só ser…
Sem corte! Sem forte! Pobre Bardo, atroz o fardo;
Ardor ante as artérias, combustível teológico
dentre espáduas em mim, em nós…
 
Logicamente sós, neste baile mecânico!
Um brinde licoroso de uns frutos proibidos,
Transgenicamente modificados!
Faz a azenha de Sonhos Encaixotados.
 
(Anderson Delano Ribeiro – 2007)